Ceuta é uma cidade Espanhola autônoma, mas em África, mais precisamente na costa Mediterrânea do Marrocos a uma distância de 14km do Continente Europeu. Uma cidade aberta que une dois continentes e na qual se misturam quatro culturas diferentes: a cristã, a muçulmana, a hindu e a judia.

A cidade é bem pequena, possui pouco mais de 18km², fala espanhol, usa o Euro como moeda, e possui o menor nível de poluição da Espanha. Ela possui o único fosso de água salgada navegável do mundo e o segundo maior porto da Espanha para o tráfego de passageiros.

Ceuta é a porta de entrada para a Europa na África e sua localização nos traz algumas curiosidades como estar entre dois mares, o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo, e entre dois continentes, Europa e África. Além disso, Ceuta torna possível a Espanha ter uma fronteira terrestre com o Marrocos, e pra chegar lá vindo da Europa você atravessará o famoso Estreito de Gibraltar. Estando lá você oficialmente terá pisado na África e conhecerá uma mistura de Espanha com Africa que não é vista em mais nenhum outro canto.

Aqui tem um post com todas as informações que você precisa saber antes de viajar pra Ceuta, e a seguir nossas sugestões de roteiros na cidade.


Sugestão 1: Da Estação Marítima ao centro

Se chegar a Ceuta por via marítima com pouca bagagem, com qualquer uma das companhias de navegação que operam entre Ceuta e Algeciras, recomendamos que caminhe desde a Estação Marítima até ao centro da cidade.

Serão apenas dez minutos, numa agradável caminhada. Se tiver bagagem ou não lhe apetecer caminhar, pode apanhar um táxi na Estação Marítima que o levará ao centro, em três ou quatro minutos.

A Estação Marítima fica muito perto do centro da cidade. O percurso que propomos, desde a Estação Marítima até ao centro, é o seguinte:

  1. Avenida Cañonero Dato
  2. Muelle de España
  3. Rotonda de Pepe Caballa y la Pavana
  4. Rampa de subida del Muelle de España
  5. Puente del Cristo
  6. Baluarte de los Mallorquines
  7. Paseo de las Palmeras

Sugestão 2: A rota comercial

Ideal pra quem quer ver mais as ruas de comércio e a vida atual de Ceuta.

  1. Plaza de África
  2. Grande via
  3. Praça da Constituição
  4. Passeio de Revelim
  5. Paseo de Camoens
  6. Praça dos Reis
  7. Rua real

Sugestão 3: Pelas Muralhas de Ceuta

No centro histórico de Ceuta, sem necessidade de viatura, poderá contemplar as Muralhas que protegiam a antiga cidade de Ceuta enquanto percorre um percurso histórico que começa no século X e termina no século XVIII.

A antiga cidade estava localizada no istmo da península de Almina, cujos limites atuais são o Paseo de las Palmeras, o Fosso Real, a Rua da Independência e o fosso de Almina sobre o qual foi construída a Plaza de la Constitución e o Mercado Central.

  • Paseo de las Palmeras, esquina Plaza de la Constitución: Este passeio pelas Muralhas de Ceuta começa no Paseo de las Palmeras, junto à Plaza de la Constitución. Desça pela rampa de acesso à Avenida de Juan Pablo II, mais conhecida como a bifurcação do Paseo de las Palmeras, onde está localizada a rotatória de acesso ao Poblado Marinero. Neste local encontramos, a norte, a muralha que protegia a costa norte dos ataques do mar e, a nascente, o antigo fosso de Almina que protegia a leste dos ataques da península de Almina. O mar chegou até aqui, batendo na parede norte e entrando no fosso de Almina.

    O Almina Pit foi transformado e urbanizado e atualmente é usado como acesso ao piso térreo do Mercado Central e ao estacionamento da Gran Vía.
  • Lienzo de la Muralla norte, desdoblamiento del Paseo de las Palmeras.
  • Plazuela de Al Idrisi.
  • Puerta de Santa María: Suba ao Paseo de las Palmeras pela Puerta de Santa María por onde, segundo a tradição, entrou em Ceuta a imagem de Nossa Senhora da África enviada a Ceuta pelo Infante Enrique de Portugal (Henrique o Navegador) em 1421. preserva-se a calçada portuguesa da rampa da época portuguesa.
  • Puerta Califal: Em frente ao Baluarte de los Mallorquines está o acesso à Puerta Califal descoberto em 2012 em um armazém do “Hotel Parador La Muralla” que está anexo às Muralhas Reais. A Porta do Califado é do século X e o seu estado de conservação é excepcional porque os portugueses no século XVI ergueram as Muralhas construindo sobre as antigas muralhas árabes e deixaram a Porta do Califado “murada” dentro da muralha.
  • Baluarte de los Mallorquines: Já no Paseo de las Palmeras, junto à Puerta de Santa María, existe um busto de 1,10 metros de altura e 80 quilos do geógrafo romano Pomponio Mela, obra do artista ceutaense Serrán Pagán. Defendendo a foz norte do Fosso Real está o Baluarte de los Mallorquines , sede do Posto de Turismo. O edifício é uma réplica do antigo baluarte da época portuguesa, feito no século XX. Dentro você pode ver restos do muro do califa.
  • Puente del Cristo: Passando sob o Baluarte de los Mallorquines, veremos um nicho, localizado na face norte de outro baluarte, o Baluarte de la Bandera, que abriga uma imagem do Cristo Crucificado que dá nome à “Puente del Cristo”. Sobre o fosso havia uma ponte levadiça que, quando erguida, separava a cidade do resto do continente. Nas imediações da ponte havia portões que defendiam a cidade do campo exterior, chamados por isso de “Puertas del Campo”. A imagem de Cristo foi instalada devido ao costume de confiar as portas de entrada das cidades à Virgem, a Cristo ou a um santo.
  • Foso Real, embocadura norte: O Fosso Real é um canal marítimo navegável de trezentos e cinquenta metros de extensão que liga as baías norte e sul. Se continuarmos pelo caminho do Fosso, veremos as fortificações da época portuguesa (século XVI) localizadas na parte norte do Fosso, compostas pelo Baluarte de los Mallorquines , o Baluarte de la Bandera, com 170 metros de cortina de parede e o Baluarte do Alto Peitoral.
  • Plaza de Santiago.
  • Murallas Reales.

Veja todas as fotos que capturamos em Ceuta.