Em 12 dias no Egito, nós aprendemos, ouvimos e vimos muitas coisas.

Vimos que apesar da miséria de muitos, haviam poucos pedintes, e aos poucos entendemos que para eles o trabalho enobrece o ser e que dinheiro nenhum vem em troca de nada. Para conseguir algum dinheiro sempre havia algum serviço ou produto em troca, nem que fosse uma foto ou um tutorial de como fazer um turbante, e isso se aplicava até para as crianças.

Nós aprendemos a barganhar como os egípcios (Papai Leo), compramos toalhas da forma mais inusitada de nossas vidas, acabamos com o estoque de Pashmina do Egito, nos sentimos ricos com o dólar 17 pra 1, e alguns até aprenderam a arte de comprar algo em TODAS as paradas (Ivana e Mamãe Úrsula).

Aprendizados

Aprendemos a falar letras e números em egípcio e núbio com um professor local (alguns com direito até ao castigo durante a aula), aprendemos como se faz perfume, papiro, tapete, peças de alabastro… Assistimos aulas sobre chás e temperos, aulas de arqueologia, aulas de história, aulas de medicina, o que não faltou foram coisas novas aprendidas.

Experiências

Nadamos no Nilo, brincamos com jacaré, fizemos tatuagens, andamos perigosamente de camelo (Rosângela), vimos alguns casamentos, e descobrimos que os egípcios são muito parecidos com os brasileiros em simpatia, e que apesar das diversas mazelas que o país vive, assim como o nosso, não perde a alegria de viver. (Aprendemos que apesar de viverem em condições muito piores, não reclamam tanto quanto nós também)

Sabores

Aprendemos a beber chá na mesma quantidade e forma que os egípcios, comemos na casa dos Núbios, tomamos o melhor ‘suco do manga’ do mundo, o ‘melhor’ suco de romã, o ‘melhor’ chá de hibisco… Comemos como os egípcios e passamos mal como NÃO egípcios (Leo e todos).

Conforto

Dormimos em trens, em ônibus, em aviões, em cruzeiro, alguns até em pé (Ivana)… Voamos de balão, andamos de cavalo, charrete, carroça, tuc tuc, taxi, camelo, carruagem, só faltou o tapete voador… E aprendemos que o transito do Brasil não é o pior do mundo, mas que Deus sempre ajuda!

Lugares

Entramos literalmente em sarcófagos (Kbçao), vimos o deserto do Saara, entendemos o que é ter um sol pra cada um, subimos e descemos pelos estreitos túneis de acesso às tumbas, ‘ajudamos’ a restaurar as paredes dos túmulos. Conhecemos igrejas, mesquitas, cemitérios, mais mesquitas…e quase decoramos a reza depois de ouvi-la 5x todos os dias por toda a cidade. Fomos no lugar onde Jesus se escondeu, no local onde Moisés ‘foi achado’, na primeira mesquita da África, na primeira construção do mundo, nos templos grandiosos do megalomaníaco Ramsés e muitos outros lugares incríveis. Aprendemos como se usa turbante, Khimar, Nigab…

Egípcios

Descobrimos como é ser famoso e tirar mil fotos com pessoas estranhas pelas ruas. Fomos escoltados por segurança particular, viaturas de policia, pelo exército… Aprendemos que até um calcanhar pode ser sensual, principalmente se você é brasileira. Recebemos algumas muitas ofertas generosas pela venda das esposas… E dos rapazes também (Rubert…rs)

Conhecemos os lugares e construções mais incríveis do universo, uns nos fizeram rir, pensar, imaginar, viajar no tempo… Outros nos fizeram chorar (Vanessa), e alguns que simplesmente nos deixaram sem reação.

Pessoas

Mas apesar de estarmos em um país que nos surpreendia a cada minuto, as lembranças mais importantes que levaremos desses dias são as pessoas. Os nativos que conhecemos, os Brasileiros que esbarramos, os viajantes que nos acompanharam. Todos vocês são pessoas incríveis!
Essa mistura de Brasil com Egito, mistura de idades, jeitos, costumes e lugares que tinha tudo pra dar muito errado, mas que acabou dando super certo.

Obrigada a cada um, vocês tornaram nossa viagem inesquecível. Mash Mash!