Fizemos uma cola pra você levar na sua próxima viagem à Portugal e não deixar de experimentar nenhuma das maravilhas açucaradas da terrinha.
Fiquem espertos e tentem passar nos lugares onde os doces possuem limitações de regiões produtoras, ou seja, você só poderá experimentá-los se for na região que possui a autorização.
Pastel de Nata e Belém
O numero um, o mais famoso e mais conhecido no Brasil. Somente na antiga confeitaria de Belém, fundada em 1837, ao lado do Mosteiro dos Jerônimos, que ele pode levar esse nome. Nos outros locais, são chamados de pastéis de nata.
Onde no Porto: Meus preferidos, em ordem – Castro ou na Manteigaria.
Onde em Lisboa: Nos Pastéis de Belém, só na casa Belém, em Belém 🙂
Sugestão de Harmonização: Café.
Pasteis de Santa Clara
Um dos mais conhecidos doces conventuais de Portugal, com origem no convento de mesmo nome.
Conta-se que ao ensinar as outras freiras o preparo da massa folheada, deveria se esticar tanto a massa a ponto de deixa-la tao fina que poderia se ler uma carta do outro lado facilmente.
Bola de Berlim
Recheio de creme a base de ovos, o famoso creme de pasteleiro português., o nosso tradicional Sonho.
Onde comer a mais famosa de Viana do Castelo: Pastelaria do Manuel Natário (a favorita de Jorge Amado. O amigo Natário foi tão importante em suas 11 passagens por Viana, que ele resolveu eternizá-lo em seu romance “Tocaia Grande”)
Onde em Lisboa: Pastelaria Versailles e Tartine
Ovos Moles de Aveiro
Doce cremoso à base de gemas. Teve a sua origem no Mosteiro de Jesus de Aveiro.
Massa composta por gema de ovo, açúcar e água, envolvida por uma película que se assemelha a hóstia. Eles só podem ser produzidos lá (e tem até uma legislação própria). Tudo isso para evitar que a receita original seja perdida ao longo da história
Onde em Aveiro: Oficina do Doce
Brisa do Liz
Doce de ovos e as amêndoas.
Onde em Leiria: Pastelaria LuziClara
Pão de Ló
Tradicional pão de ló que tem o centro bem cremoso, como se não estivesse cozido por dentro.
Onde provar o pão de ló de Ovar (os mais famosos do país): Pão de Ló São Luiz
Onde provar o pão de ló de Alfeizerão (os mais famosos do país): Casa do Pão de Ló
Onde comprar o Ti’Piedade: Supermercado do El Corte Inglés
Torta de Azeitão
O “rocambole” no Brasil. O ovo também é a estrela dessa receita, adicionada de canela. Tradicional da Vila Nogueira de Azeitão.
Onde em Azeitão: Pastelaria Regional Cego (Aproveite para provar também os “Esses de Azeitão” – umas bolachas durinhas boas para molhar no chá ou no café.)
Tarte de Amêndoa
Onde: Franquia ‘A Tarte’ – Portela Cafés (Centro Comercial Vasco da Gama) e El Corte Inglés
Salame de Chocolate
É chocolate, bolacha do tipo Maria, manteiga, açúcar e, claro, gemas.
Onde em Lisboa: A Padaria Portuguesa
Pudim Abade de Priscos
O Pudim Abade de Priscos é típico de Braga que leva: açúcar, gema de ovos, toucinho de presunto (SIM), vinho do Porto e caramelo!
Travesseiro de Sintra
Massa folhada coberta com açúcar e recheada com creme de ovos e amêndoas.
Onde em Sintra: Piriquita, uma pastelaria com mais de 150 anos que fica no centro histórico.
Éclair
Lê-se ‘Êclér’, Um doce típico do Porto, que lembra muito uma “bomba de chocolate”, mas é possível encontrar com diversos recheios e coberturas. Aqui no Brasil alguns chamam a bomba com o mesmo nome.
O melhor é no Porto, em um sitio chamado Leitaria da Quinta do Paço.
Queijada de Sintra
Onde em Sintra: Sapa e Piriquita.
Pastéis de Tentugal
Este doce foi um dos candidatos finalistas às 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa. A massa filo é super fina e estaladiça, recheada com doce de ovos (gemas cozidas com açúcar em ponto de calda). Possui indicação geográfica protegida (IGP), ou seja, é preciso ser produzido na região que leva o nome.
Onde em Coimbra: A doceria ‘A Pousadinha’ tem os pastéis mais famosos do lugar.
Pastel de Feijão
Confeccionado em Torres Vedras desde os finais do século XIX. Embora a receita varie um pouco consoante o fabricante, tem como ingredientes base a amêndoa e o feijão branco cozido.
Onde em Mafra: Pastelaria Fradinho (aproveite para provar um pão de Mafra – igualmente tradicional e gostoso.)
Brisas do Lis – Doce de ovos (gema e açúcar) turbinado com farinha de amêndoas. A textura lembra muito a de um quindim brasileiro, mas os pedacinhos no creme e a base crocante de amêndoas dão um toque especial.
Leite-creme
Sobremesa super tradicional portuguesa, uma espécie de crème brûlée francês, com casquinha de açúcar pra quebrar, só que na lista de ingredientes vai farinha e raspas de limão.
Sericaia
Clássico da região do Alentejo. Como tradição, é a mistura perfeita de ovos, limão, farinha, leite, açúcar e canela. Aconselho que experimente com calda e ameixa.
Onde em Évora: Pastelaria Pão de Rala (tudo aqui é uma delícia)
Queijada de Évora
Casquinha crocante com um recheio a base de ovos e queijo fresco de ovelha.
Onde provar a queijada de Évora: Pastelaria Conventual Pão de Rala.
Paciências
Bombons feitos com nozes, vinho do Porto, açúcar e coco. Típicos dos conventos da região de Louriçal, que fica a 40 minutos de carro de Coimbra.
Pingos de tocha
Pequenos aglomerados de fios de ovos, só que regados com glacê de açúcar e limão. Doce bem doce, comum em Coimbra e Amarante.
Guardanapo
Massa de bolo bem fofinha, recheada com doce de ovos e dobrada como um guardanapo de papel combina perfeitamente com um cafezinho.
Onde em Lisboa: Confeitaria Nacional
Jesuítas
Massa folhada recheada com creme inglês e coberto com suspiro. Doce típico da cidade de Santo Tirso no norte de Portugal.
Pastéis do Convento de Coimbra
Massa amanteigada recheada com creme de gemas e amêndoas.
Toucinho do Céu
Um dos mais nobres ícones da doceria portuguesa. Um “bolo” feito com açúcar em ponto pérola com amêndoas moídas e bastante gema de ovo.
Pudim da Batalha
O que diferencia ele de uma queijada é a textura, que é bem molhadinho. Dá para sentir os pedacinhos das amêndoas que se misturam com a massa.
Onde em Batalha: Pastelaria Oliveira. Lá eles mantém a receita original criada por uma senhora de Aveiro nos anos 1920.
Sugestão de Harmonização: Vinho do Porto, Vinho do Porto 10 anos e Vinho Madeira.
Manjar branco
Também conhecido como maminha de freira, leva farinha de arroz, leite, açúcar e frango desfiado(!) Pouco açucarado, uma textura de papa e uma apresentação bem bonita. É servido num pratinho de barro, come-se de colher e o preparo ainda é medieval.
Onde em Coimbra: No tradicional café ‘A Brasileira’.
Areias, ou areias de Sintra
O nome vem do aspeto parece que andaram a rebolas na areia.
Broas Castelares
Broas são um bolinho delicioso feito com batata doce, duram um monte de tempo e são bons acabados de fazer ou já com uns dias.
Barrigas de freira
São doces regionais, com a forma peculiar de meia-lua. Um dos doces Portugueses mundialmente mais famosos.
Sugestão de Harmonização: Vinho do Porto, Vinho do Porto 10 Anos e Vinho Madeira.
Aletria
Similar a um arroz doce, é mais outro doce muito comum especialmente no Natal.
O Biscoito da Teixeira ou Doce da Teixeira
Cor escura e confeccionado de forma retangular em forno a lenha, de uma forma artesanal, que produz um sabor viciante. Vende-se um pouco por todo do norte do país, e super comum nas feiras, festividades e romarias religiosas, especialmente na época de Verão.
Não têm uma origem histórica bem definida, visto que o saber não ficou escrito nos livros, antes foi passando de geração em geração e de romaria em romaria. Sabe-se, no entanto, que é oriundo da localidade localidade portuguesa com o mesmo nome, freguesia da Teixeira concelho de Baião.
Encharcada Alentejana
Doce Conventual originário da região do Alentejo, em Portugal. Esse é um dos doces mais representativos da riquíssima doçaria regional alentejana e, ao mesmo tempo, um dos mais apreciados em todo o país.
Sugestão de Harmonização: Licores.
Bolinhos de Bolina
Mais típico do norte de Portugal, feito com abóbora menina.
Marialvas
Biscoito parecido com os biscoitos húngaros, mas um pouco mais simples de fazer.
Clarinhas de Esposende
Originário da vila de Fão, Esposende. São pastéis em forma de rissol recheado com chila ou gila. No convento do Menino de Jesus de Barcelos faziam-se uns pastéis com recheio de abóbora chila batida com gemas de ovos a que chamaram Clarinhas.
Hoje são conhecidas como Clarinhas de Fão, freguesia de Esposende onde a sua produção se popularizou.
5 Comments
Isabel Xavier
março 21, 2021 @ 09:37
Lembrei-me de ferraduras e papos de anjo.
Regina Marques
julho 8, 2021 @ 06:10
Comi um doce português em Sydney que era feito com nozes e o nome, se lembro bem, terminava em “eiro”
Era delicioso, não muito doce.
Alguém tem uma ideia de qual seria esse doce? 🙏🙂
Ingrid Bello
julho 9, 2021 @ 08:29
Tinha ovo? Era folhado? Dá mais detalhes pra gente ver se consegue ajudar…
Marta Borges
novembro 3, 2021 @ 10:48
Eita! Deu água na boca!
Ingrid Bello
novembro 8, 2021 @ 22:08
Difícil é conseguir provar todos e escolher o melhor!
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