1º Passo: Defina seu orçamento
Antes de tudo, saiba o quanto você pode gastar durante as férias.
Tenha em mente que haverão gastos com hotéis, alimentação, transporte, passeios, compras e até um caixa extra para imprevistos. Estabelecendo um orçamento para cada item ficará mais fácil de definir o seu destino, assim você conseguirá buscar apenas por passagens que se encaixem no seu limite estipulado.
Será mais fácil também determinar o estilo de sua viagem: se você vai buscar lugares em que se gaste com compras, parques e ingressos, ou optará por lugares voltados para a natureza ou simples observação do ambiente, sem gastos maiores.
Sabendo o quanto pretende gastar com alimentação você poderá estabelecer se será possível comer nos restaurantes estrelados do local, nos turísticos, nos mais locais ou se optarão por fazer compras em supermercados. Isso também se aplica aos hotéis, noites em albergues, acampamentos ou casas por temporada sairão mais em conta do que hotéis de luxo.
O mais importante é ter o controle para o dinheiro não acabar no meio da viagem. Uma dica é calcular quanto se pode gastar diariamente e ir compensando nos demais dias, sem esquecer que as contas mensais como luz, água, condomínio, etc, ainda serão cobradas. Organize-se para não voltar falido e tornar a volta para casa um pesadelo.
Não importa o que digam para você ou o que você leia pela internet, a sua média de gastos vai depender do seu estilo, gostos e o que você pretende fazer, por isso, você não vai encontrar um valor exato do quanto você precisa reservar. Se vocês acharem pessoas que possuem os mesmos gostos e estilo de viagem similar, pode ser que vocês encontrem um valor próximo.
Há três tipos de gastos:
- Antes de você viajar – Passagens aéreas, seguro de viagem, reserva de hotéis.
- Durante a viagem – Comida, bebidas, translados, gasolina, passeios, tours.
- Após a viagem – se usar o cartão de crédito, terá gastos e dívidas para depois que a viagem chegar ao fim.
Faça pra você mesmo as seguintes perguntas que vão influenciar pra você determinar o seu orçamento:
- Quais lugares pretendo conhecer?
Isso acarretará custos com deslocamento.
- Vou viajar sozinho ou terei companhia? Topo hostels ou apenas quarto privativo? Vou pagar pela hospedagem ou ficar na casa de alguém?
Se for sozinho, pode optar por um quarto coletivo de hostel. Se essa opção é descartada, prepare o bolso pra gastar pelo menos o dobro.
Se você vai viajar com companhia, você pode alugar uma casa ou um espaço maior para todos, isso vai baixar bastante os custos individuais. Veja no nosso post de como escolher onde ficar.
- Pretendo comer só em restaurantes, comer uns dias na rua ou aceito cozinhar alguns dias?
- Pretendo fazer algum passeio ou alguma experiência que seja muito cara? Exemplo: Voar de balão
- Pretendo fazer compras durante a viagem?
Dois sites que usamos pra fazer uma média do custo do local são o Quanto Custa Viajar e o Numbeo. Mas não se esqueça de adaptar os números para sua própria realidade.
Use o app de notas do celular ou anote em um caderninho os seus gastos dia a dia, veja se está obedecendo o budget diário. Assim você não passa aperto no final da viagem e nem economiza demais e termina com dinheiro na mão.
Não entre em pânico se os gastos de um dia específico passarem muito do previsto. Isso é normal e costuma ser compensado na média de gastos da viagem.
2º Passo: Pensar no destino e na data
Primeiro pense em qual é o seu objetivo pra essa viagem, descansar na beira da praia sem fazer nada, ver neve, praticar esportes radicais, fazer caminhadas numa montanha, passear pelas cidades…
Definindo seu objetivo, você pode começar a pesquisar quais lugares oferecem o que você busca e em que época do ano, assim, é possível determinar quando você irá. Caso você já tenha a data definida, tente juntar seu objetivo de viagem à um lugar que possa te oferecer isso nesse período.
A escolha da época do ano é tão importante quanto à escolha do destino. Já imaginou se planejar fazer uma caminhada numa montanha e o tempo estar chuvoso, ou viajar para ver neve e curtir um friozinho e nem sequer tirar a sua blusa da mala, ou se planejar para ir naquela tão esperada atração e ela estar fechada para alguma reforma, ou que as atrações estejam com filas quilométricas, ou em uma altíssima temporada onde você gaste mais do que planejado. Isso é mais frequente do que vocês imaginam.
Nossa dica extra de como nós fazemos pra viajar sempre barato: Nunca definimos pra onde queremos ir. Sabemos as datas que podemos tirar e aguardamos aparecer uma boa promoção de passagem, é sempre uma promoção de passagem que define nosso próximo destino.
3º Passo: Veja o que precisa levar e fazer
Esse é um passo importante que seria bom se fosse verificado antes de comprar a passagem, por isso o passo 2 é pensar no destino e não comprar a passagem.
Alguns lugares exigem visto, vacinas e alguns procedimentos especiais antes de viajar. Certifique-se de que até a data de partida será possível fazer tudo. Verifique todas as exigências do local.
Passaporte, visto e vacinas.
Passaporte é um item quase obrigatório para quem busca um destino internacional. Dizemos quase obrigatório porque ele não é necessário para vários destinos da América do Sul. Porém para a grande maioria do mundo ele é o documento padrão. Sendo assim, se você não tem o passaporte ou ele está com a validade vencida, é hora de correr atrás do prejuízo. E quanto mais rápido melhor. Não deixe para tirar o passaporte na última hora, nunca se sabe quando pode acontecer um problema na emissão do documento.
Caso o seu passaporte esteja perto de vencer, não deixe de consultar as regras do país para o qual você está embarcando. Alguns exigem que o passaporte tenha o mínimo de 6 meses de validade. Outros pedem apenas que o documento esteja válido para o período da viagem. Não vale correr o risco de ser deportado. Por isso, consulte atentamente as regras do seu destino.
Com o passaporte em mãos é hora de descobrir se o país para o qual você está embarcando exige ou não visto para brasileiros. Se você tem conexão nos Estados Unidos lembre-se que o visto americano é obrigatório, independente do país ser apenas uma parada até o destino final. Se você não tiver o visto americano nem poderá embarcar. Países como China, Japão, Canadá, Austrália e casos especiais como Dubai exigem que o visto seja retirado antes do embarque, assim como os Estados Unidos. Logo que estiver com o passaporte em mãos dê entrada no pedido de visto (especialmente quem já está com a passagem comprada) para não correr o risco de perder a viagem. As regras, documentos e valores para retirada do visto variam de acordo com o país de destino. Alguns países fogem à regra, fornecem o visto e cobram as taxas no momento da imigração, como a Indonésia, por exemplo.
É importante lembrar que alguns países exigem comprovante internacional de vacina contra diferentes doenças. A principal delas é contra a febre amarela. Verifique se este é o caso do seu destino e providencie o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia(CIVP). Consulte o site da ANVISA e veja o local mais próximo para emissão do documento e para tomar as doses das vacinas exigidas. Veja a lista de países que cobram ou não visto para brasileiros e detalhes sobre como tirar o visto para os Estados Unidos, Canadá, Japão, Dubai e Austrália.
4º Passo: Compre a passagem
Antes de tudo, compre a passagem. Só com a data de chega e partida definida que vocês poderão reservar hospedagem, guia, ingressos, etc.
Você deve observar quais são seus limitadores: Data, local, quantidade dias?
- Data: Se você tiver apenas uma data específica pra viajar, veja pra onde é mais barato nessa data, onde é baixa temporada e a hospedagem, voo, restaurante e serviços sairão mais em conta.
- Local: Está decidido à ir pra um local específico? Coloque alertas de passagem pra lá, fique de olho nas melhores datas e temporadas para conhecer e se programe.
- Quantidade de dias: Você deve observar a sua disponibilidade e ir pra onde seja compatível. Não adianta querer ir pra China com apenas 4 dias disponíveis em um feriado, pense em assumir um destino mais próximo e com menos atrações a serem visitadas. Uma das sensações mais frustrantes de viagem é perceber que não conseguiu fazer tudo que deveria por falta de tempo, mas ao contrário disso, ficar muito tempo em um local que não há muito o que ser feito também será frustrante, pois vocês pensarão em quantos lugares poderiam estar conhecendo nesse período.
Marque o assento, escolha a refeição e não esqueça do programa de milhas.
Passado o furor da compra é hora de pensar nos benefícios que você pode receber com a viagem. Na correria de aproveitar a promoção é normal passar batido por vários detalhes que podem deixar a sua viagem bem mais agradável. Com o e-ticket em mãos, volte à sua reserva e verifique detalhes como assento, refeições e programa de milhas.
Os aviões que decolam para destinos internacionais costumam ser bem maiores, o que dificulta na hora de escolher a poltrona. Com a ajuda de alguns sites especializado, como Seat Guru, Expert Flyer e Seat Plans é possível descobrir qual o melhor assento do avião que fará o seu voo. Quem sabe você não consegue reservar um assento conforto sem pagar taxa extra ou mesmo tentar um upgrade para a executiva pagando bem baratinho? É preciso estar atento às opções oferecidas pela companhia aérea. E quanto mais cedo você marcar o lugar, maior será a chance de conseguir uma boa poltrona. Por isso, não deixe para escolher apenas na hora do check-in. Isso não quer dizer que ao chegar no aeroporto você não possa pedir um upgrade. Quem sabe não é o seu dia de sorte e você consegue!
Outra escolha permitida depois da compra da passagem é a refeição servida à bordo. Você poderá optar pelos pratos comuns a todos os passageiros ou, caso tenha algum tipo de dieta restritiva, pedir um prato especial para você. As companhias aéreas costumam oferecer refeições para dietas sem glúten, lactose, carnes e outros. Se o pedido for muito especial entre em contato com a companhia aérea por telefone. Pessoas que precisem de atendimento especial, como passageiros com dificuldades de locomoção, também devem explicitar os pedidos.
Outro benefício que pode ser garantido antes do embarque é o acúmulo de milhas. O processo é semelhante ao dos voos nacionais, com a diferença de poder pontuar em companhias aéreas parceiras. Ou seja, mesmo voando de American Airlines você poderá pontuar na TAM ou em qualquer uma das companhias aérea do programa Oneworld. Caso queira pontuar na mesma companhia aérea que opera o voo, você precisará se cadastrar antes do embarque. A opção pelo acúmulo de milhas pode ser feita antecipadamente pelo site da companhia, na hora do check-in ou após o voo. Porém o ideal é fazer antes, assim você não enfrentará toda a burocracia do pedido após o voo.
5º Passo: Defina o roteiro
Mas definir o roteiro antes de reservar hotel? Simmmmm
Primeiro você deve definir o que será feito, pois pode haver necessidade de estadia em locais distintos, e se vocês fecharem o hotel antes, vocês podem deixar de conhecer algum local que gostariam por já ter amarrado hotel.
Mesmo quem já está acostumado a viajar pelo Brasil pode se enrolar na hora de ir para o exterior. Reduza as chances de ter problemas pesquisando a fundo sobre o seu destinos e montando um roteiro de viagem detalhado. Questões como instabilidade da moeda, crises políticas, feriados nacionais, diferença de estação do ano podem alterar o rumo da sua viagem. Imagina chegar em um destino com roupa de inverno sendo que por lá é o auge do verão? Para evitar essa e outras roubadas, leia bastante sobre a cidade escolhida para visitar nas férias.
Ao montar o roteiro defina antecipadamente quais localidades serão visitadas, as principais atrações e o custo de cada uma delas. Muitas oferecem dias com entrada gratuita, o que pode ser um grande auxiliar na hora de economizar. Passes de transporte público também costumam ser fortes aliados dos turistas. Vale tudo para gastar menos e as peculiaridades entre os países são muitas.
Como definir o roteiro?
Pense no que vocês gostam de fazer. Preferem atrações ao ar livre como praças, ruas? Gostam de museus, teatros? Ou gostariam de focar em conhecer locais históricos, construções, etc?
Baseado nisso, montem o roteiro ideal pra vocês. Aqui no site temos alguns roteiros de alguns lugares. Busque em outros locais também, vejam o que mais interessa e façam o seu ‘frankenstein’. Façam uma lista dos lugares que querem conhecer por dia e depois coloquem as informações de cada um, curiosidades e dicas que enriqueçam e tornem seu passeio mais interessante.
Não esqueçam de observar o horário das atrações, festas e feiras no local, se há cobrança de entrada e se é necessário realizar reserva.
6º Passo: Defina a hospedagem e transporte
Com o roteiro em mãos será mais fácil escolher o hotel e, caso necessário, compras as passagens que servirão para se deslocar durante a viagem. A escolha do hotel deve seguir não só o critério de preço, mas também de localização, fácil acesso a transportes públicos e, claro, qualidade! Vale lembrar que os hábitos em outros países são diferentes do Brasil e nem sempre o hotel oferecerá serviços comuns por aqui, como um bom café da manhã. Dê preferência para reservas em sites bem conhecidos, como o Booking, para evitar problemas com reservas. Leia as avaliações de outros clientes, verifique a nota do hotel e as condições de pagamento. Prefira hotéis com possibilidade de cancelamento gratuito, assim você poderá procurar outras ofertas antes de embarcar e fazer uma nova reserva, sem custos de multa. Se estiver seguro sobre o destino, procure também por sites que alugam apartamentos, como o Airbnb. Eles poderão sair mais em conta que um quarto de hotel.
A montagem prévia do roteiro ajuda a verificar a necessidade de longos deslocamentos durante a viagem. Caso seja necessário trocar de cidade, avalie a melhor relação custo x benefício. Avião, ônibus, carro, navio… As opções são muitas e variam de acordo com o destino. O importante é não deixar para definir o deslocamento na última hora, especialmente no caso de ser necessário comprar uma passagem ou alugar um carro. Na véspera da viagem tudo poderá ser mais caro.
Esse é um passo que deve ser pensado junto. Não que você precise já alugar um carro, mas é bom estar com isso em mente antes de reservar o local.
Normalmente, caso vocês optem por um local mais afastado do centro turístico, restaurantes e badalação, será mais barato, mas te exigirá mais transporte, seja carro ou publico.
Caso optem por se hospedar no centro de tudo, poderão fazer as coisas à pé, mas não conseguirão explorar locais mais distantes com a mesma liberdade.
A melhor opção deve ser definida por você, baseado na disposição fisica dos viajantes e nas preferências de roteiro.
Com a área definida, nós conseguimos te ajudar a escolher a hospedagem. Fizemos um manual exclusivo disso, clica aqui.
Não esqueça que se optar por alugar um carro, é bom buscar hospedagens com estacionamento. Pra alugar um carro, nós temos esse post aqui que pode te ajudar.
7º Passo: Faça um seguro de viagem internacional
Acredite! Acidentes acontecem. Evite embarcar para o exterior sem um seguro de saúde internacional, principalmente para aqueles lugares que o tratamento seja caríssimo. Para alguns países, como muitos da Europa (que seguem o Tratado de Schengen), o seguro de viagem é obrigatório para todos os turistas. O gasto pode parecer desnecessário, até que aconteça um acidente. Verifique o seu cartão de crédito, muitos oferecem seguro como benefício quando você compra a passagem por ele. Nós recomendamos a Real pois é a mais em conta – Olha aqui na coluna lateral ou aqui embaixo e simula.
8º Passo: Troque dinheiro
Essa etapa é tão importante que criamos um post só pra ela.
Caso sua viagem seja pelo Brasil: leve seu cartão do banco e sempre tenha uma boa quantia em espécie. Não confie na onipresença dos caixas eletrônicos ou das máquinas de débito.
Se viagem for para outro país, aí a questão fica um pouco mais complicada. Existem várias formas de levar dinheiro para o exterior. O ideal é que você adote mais de uma – talvez até várias delas.
Nesse post nós vamos te contar como fazemos e todos os macetes que existem, inclusive um buscador que faz a comparação online e em tempo real de várias agencias de cambio pra você achar a melhor, e ainda pode fazer um leilão pra ver qual delas te oferece o menor câmbio.
9º Passo: Separe a bagagem
Verifique se precisará comprar alguma roupa especial em caso de frio ou locais que exigem vestimenta específica. Veja a lista padrão do que levar na mala clicando aqui.
As regras para embarque internacional são diferentes dos voos nacionais, tanto para as malas despachadas quanto para a bagagem de mão. É importante ficar atento para não ser barrado no check-in ou pagar excesso de bagagem. Os passageiros que embarcam a partir do Brasil em voos internacionais têm direito a dois volumes – com 32kg cada um – e mais uma bagagem de mão com volume de 115cm (considerando altura + comprimento + largura, mas a regra muda entre as companhias aéreas). Para voos dentro da América do Sul o limite cai para 23kg e apenas um volume despachado (veja mais detalhes sobre bagagens em avião).
Apesar de ser tentador para alguns levar todo o guarda-roupa na viagem, não é nada prático carregar tanto peso. As viagens costumam ser longas, o trâmite nos aeroportos demorado, os percursos entre os portões de embarque longos e o trajeto até o hotel nem sempre é fácil. Procure viajar o mais leve possível, especialmente se for trocar várias vezes de cidade. Se a viagem for para compras, fique atento às regras da Receita Federal no retorno para o Brasil.
Em relação à bagagem de mão é preciso salientar que muitos objetos não são permitidos e devem ser despachados: líquidos acima de 100ml; arma (ou réplica) de qualquer tipo; objetos pontiagudos, cortantes ou de ponta arredondada que possam ser usados para causar ferimentos (alicates de unha, por exemplo); e substâncias explosivas ou inflamáveis (ex. isqueiros), químicas ou tóxicas são os principais. Consulte sempre o site da companhia aérea escolhida para ver as regras específicas do país de destino.
A regra de bagagem internacional vale também para os voos domésticos adquiridos na mesma compra. Caso contrário, o voo doméstico terá franquia reduzida. Se estiver planejando deslocamentos de avião no meio da viagem, tenha muito cuidados com os limites de bagagem para não levar um grande prejuízo com excesso de peso. O cuidado também é importante na hora de alugar o carro, que deve ter bagageiro compatível com o volume de bagagens.
Na hora de fazer a mala é preciso lembrar que a viagem é para outro país. Tudo o que for de uso contínuo deve ser levado do Brasil, especialmente remédios. Como não é possível saber se o que você precisa será encontrado no destino, o melhor é se prevenir. Consulte a meteorologia para não ser pego de surpresa por variações climáticas. E vale o conselho típico de mãe: leve um casaco no avião. Eles costumam ter temperaturas baixas e o risco de sentir frio é real. A dica serve até para quem está a caminho do Caribe.
Quando tudo estiver pronto e a mala fechada, use um cadeado (preferencialmente do tipo TSA) para trancá-la. Lacres, capas de mala e o serviço de embalagem oferecido nos aeroportos ajudam a torná-la mais segura e livre de furtos. Usar fitas coloridas e tags de identificação – com telefone, email e endereço – é fundamental no caso de extravio e também para evitar troca de malas. Não conte sempre com a sorte e retire qualquer objeto de valor de dentro da bagagem que será despachada. Dinheiro, câmera fotográfica, computador e outros bens valiosos devem ir na bagagem de mão, assim como uma muda de roupa (para o caso da mala ser extraviada ou se houver atraso no voo).
Tenha todos os documentos relacionados à viagem e deixe cópias no Brasil.
Ao viajar para outro país é preciso estar muito atento a pequenos detalhes que podem garantir a sua segurança. É muito importante que alguém no Brasil saiba todos os passos da viagem. Caso aconteça uma emergência, será mais fácil de agir e tomar providências. Antes de embarcar escolha o seu “seguro viagem”. Neste caso não estamos falando do seguro de saúde, mas sim uma pessoa que esteja atenta a todo o seu itinerário. Ela será responsável por ajudar caso algo mais grave aconteça. Deixe com ela cópias das passagens aéreas, reservas de hotéis, cópia do passaporte, seguro de saúde e um roteiro básico da viagem. A depender do destino, vale até combinar de quanto em quanto tempo você entrará em contato para garantir que tudo está bem ou mesmo usar um app de localização para que a pessoa acompanhe os seus passos.
Todos as cópias desses documentos devem também estar com você, tanto impressas – para serem apresentadas na imigração – quanto em um email que possa ser acessado durante a viagem. Com cópias é muito mais fácil resolver problemas como furto de passaporte, por exemplo. Caso esteja viajando com cartões de crédito, tenha também guardado os números de atendimento ao cliente no Brasil e no exterior. Isso facilitará na hora de cancelar os cartões se os mesmo forem perdidos. Não deixe também de levar um documento extra, como a carteira de motorista. Ela servirá para quase todas as situações (além de ser aceita para dirigir em muitos países) e evitará que você precise andar todo o tempo com o passaporte.
Os viajantes podem levar dois tipos de bagagens no voo. A bagagem de mão deve ter no máximo 5 quilos e será carregada por você no avião. Nela, devem ser colocados objetos de valor, como carteira, celular, documentos, computador e aparelho de MP3. Por medidas de segurança, não entram na mala objetos cortantes (alicate, tesoura de unha, canivetes etc.), frascos com líquidos com mais de 100 ml e produtos inflamáveis ou explosíveis (como isqueiros e sprays).
Cada passageiro, incluindo as crianças, tem direito a levar uma mala grande despachada no momento do check-in, que deve ter no máximo 23 quilos, no caso dos voos nacionais. Se houver excesso, você deve pagar uma taxa extra. Vale identificar a bagagem com um adesivo ou com alguma fita para não confundi-la com a de outra pessoa na hora da retirada. É recomendável colocar também um cadeado para proteger os pertences.
O documento
Separe o documento necessário para viagem. Para voos nacionais, pode-se utilizar o RG, carteira de motorista, passaporte nacional ou a carteira de trabalho, originais ou cópias autenticadas. Deixe-o sempre a mão, pois ele será pedido mais de uma vez. Para viagens internacionais, são necessários o passaporte, com o visto do local a ser visitado (se o país exigir). E, para alguns destinos, são necessários também comprovantes de vacinas específicas.
Kit de viagem
Escolha roupas e calçados confortáveis para usar no dia da viagem. Mesmo se for para algum lugar quente, não se esqueça de levar um casaco a bordo para se proteger do frio do ar-condicionado. Leve chicletes com você. Algumas pessoas sentem dor de ouvido principalmente no momento do pouso e da decolagem. Simular bocejos ou mascar alguma coisa ajuda a aliviar o desconforto. Para quem costuma sentir enjoos, leve o remédio habitual. Relaxar e respirar pausadamente também ajuda a diminuir a sensação de náusea. Evite ingerir bebidas alcoólicas antes da viagem, já que a altitude potencializa os efeitos do álcool.
No Dia
Que horas eu devo chegar ao aeroporto?
Para viagens dentro do Brasil, o ideal é chegar ao aeroporto pelo menos duas horas antes do horário do voo para poder realizar todos os procedimentos sem correria. Para voos internacionais, chegue com no mínimo três horas de antecedência.
Este tempo serve para fazer o check-in, despachar as malas com calma e seguir para os procedimentos de embarque.
O que fazer ao chegar? Como faço o check-in?
Ao chegar ao aeroporto, procure pelo balcão de embarque da companhia aérea em que irá viajar. É o momento de fazer o check-in, que consiste simplesmente no ato de se apresentar com o documento de identificação. Se possível, leve o bilhete da passagem aérea emitido no momento da compra (chamado também de e-ticket). Isso facilita a vida do atendente.
Você deve entregar a mala grande no check-in. Ela será pesada, identificada e despachada. O funcionário lhe entregará o cartão de embarque com informações sobre o seu voo. Guarde bem este papel, pois ele garante sua entrada no avião.
Ao realizar o check-in não deixe de conferir se os assentos e o programa de milhas estão corretos. Pergunte à atendente da companhia aérea se a bagagem seguirá até o destino final ou se você precisará despachá-la novamente em caso de conexão. Tire também as dúvidas sobre o processo de imigração no país de destino. Caso esteja viajando com conexão nos EUA a imigração será obrigatória, mesmo que você siga depois para outro país.
Como embarco no avião?
Feito o check-in, você deve procurar pelo local onde são feitos os embarques. Há um salão para Embarque Doméstico (voos dentro do Brasil) e outro para Embarque Internacional (voos para o exterior). É obrigatório passar pelo detector de metais. Ao chegar no raio-x e detector de metal, será necessário tirar os sapatos, cinto, casaco, lenço e chapéu, que devem passar junto com a bagagem de mão no raio-X, tente já ir tirando esses itens antes de chegar na esteira, pra não atrasar a fila. Fique atento para não deixar nenhum bem de valor para trás, especialmente o passaporte. Confira todas as bandejas que passaram pelo raio-x para ter certeza de que pegou todos os seus pertences.
Após a revista de segurança de vôos internacionais, você encontrará os guichês de controle da Polícia Federal. Aguarde na fila até que o próximo atendente esteja livre e apresente o passaporte e cartão de embarque. O controle de saída é bem simples e rápido. O fiscal irá conferir o seu documento e logo em seguida você já estará dentro do embarque internacional. Alguns terminais já oferecem o controle eletrônico de passaporte. Neste caso você será encaminhado para uma das máquinas e deverá inserir o passaporte no scanner e apertar o botão para foto. Tudo será feito eletronicamente e sem a presença de um fiscal. Este procedimento só é válido para quem tem passaporte com chip.
Caso esteja em um aeroporto que ofereça Free Shop ele estará localizado após o guichê da Polícia Federal. Importante! As compras realizadas no embarque internacional entram na cota de USD 500 dólares para compras internacionais. Apenas as compras realizadas no retorno ao Brasil entrarão na cota extra para compras no Free Shop (veja mais sobre regras da Receita Federal para compras no exterior). O que for comprado no Free Shop poderá ser levado dentro do avião como bagagem de mão. Em alguns casos os produtos serão entregues apenas na porta da aeronave, portanto guarde a nota fiscal.
Ao entrar no terminal internacional confirme o portão de embarque e fique atento ao relógio. O embarque em voos internacionais acontece com maior antecedência, por isso não vacile. Esteja sempre próximo ao portão. Procure ir ao banheiro antes de entrar no avião, especialmente se estiver sentado na janela. Caso não queira encarar a comida à bordo, faça um lanche antes de decolar. A entrada no avião é semelhante aos voos nacionais. O embarque é feito por prioridades e ordem de filas. No Brasil é obrigatória a apresentação do documento de identificação. Tenha sempre o passaporte em mãos.
Dentro da aeronave
Falta pouco para decolar! É hora de relaxar e aproveitar. As aeronaves de voos internacionais costumam ser bem maiores que as nacionais e muitas delas têm configuração de assentos com dois corredores. Identifique o corredor do seu assento e guarde os seus pertences próximos a você (preferencialmente identifique todos eles com tags). Evite deixar no compartimento de bagagem documentos importantes e dinheiro, especialmente se estiver viajando desacompanhado. Os voos na classe econômica não oferecem muito conforto, mas o normal é que tenham travesseiro, coberta, fone de ouvido e, em algumas companhias aéreas, um kit básico com tapa ouvido, tapa olho, escova e pasta de dente. Os “mimos” variam entre as companhias aéreas.
O entretenimento de bordo também depende da empresa. O padrão é que haja uma tela para cada passageiro, com filmes, seriados, programas de TV e até jogos de video game. Ótimo para passar o tempo nos voos mais longos. Algumas aeronaves têm entradas USB e permitem até assistir o conteúdo do telefone. As mais avançadas vão além e oferecem sinal de wi-fi. A notícia triste é que muitas aeronaves nem tela individual têm.
A depender da duração do voo serão servidas duas refeições: uma completa e outra mais simples. Na refeição completa sempre há mais de uma opção. Carne ou massa? Esta é a pergunta clássica do comissário de bordo. Se estiver na dúvida sobre qual escolher, peça ajuda (vale até pedir pra ver a comida). Bebidas também são oferecidas gratuitamente durante todo o voo. Se estiver com sede é só chamar pelo comissário de bordo.
Os voos internacionais costumam ter duração bem longa e o corpo sofre um bocado com o aperto da poltrona. Evite ficar todo o tempo sentado. É importante se levantar e até fazer alguns alongamentos para não chegar muito quebrado ao destino final. Pés inchados são comuns em voos longos. Tire os sapatos, caminhe pelo avião e evite problemas de circulação. Você chegará bem mais feliz para as férias!
Conexão.
Se o seu destino final exigir uma conexão, fique atento. As regras variam entre os países. Peça ajuda ao comissário de bordo e confirme se há necessidade de fazer imigração na cidade de conexão. No caso de conexões nos EUA a imigração é obrigatória para todos os passageiros, independente do destino final. Outra dúvida frequente é se a mala irá até o destino final ou se deverá ser retirada na primeira conexão e então despachada novamente. A regra varia entre países e o ideal é confirmar qual será o destino final da bagagem ainda no check-in do Brasil.
No caso de conexão, ao sair do avião, procure imediatamente uma tela com as informações de partidas. Identifique o portão e o terminal do próximo voo e não perca tempo. É comum em grandes aeroportos no exterior que seja necessário pegar um transporte até outro terminal. Não deixe para a última hora, você nunca sabe quão distante está do novo portão de embarque. Siga as placas atentamente e tudo dará certo! Em caso de dúvida não hesite em pedir ajuda nos balcões de informações.
Passando pela Imigração.
Talvez este seja o processo que mais preocupa os brasileiros ao viajar para o exterior. Passar pela imigração, independente do país, é sempre um momento tenso. Esteja preparado para responder qualquer pergunta e jamais minta para o agente da imigração. Leve impresso todos os documentos da viagem, como reservas de hotel, passagens de volta e seguro de viagem. Provavelmente você terá recebido, ainda no avião, um formulário de imigração e declaração de bens. Os dois devem ser preenchidos e entregues quando solicitados pelos agentes.
Saiba responder, com segurança, todas as perguntas. É importante ter como comprovar que você está apto a pagar pela viagem. Se não tiver um cartão de crédito internacional, é aconselhável ter em mãos uma quantia em dinheiro condizente com o padrão da viagem. Ter o visto não significa ter autorizada a entrada no país. Sempre há o risco de deportação. A regra também vale para países que não exigem visto. O bom senso é importante em todas as imigrações do mundo. Seja educado, mantenha a calma, se atenha a responder apenas o que for perguntado e nunca caia em contradição. Evite o uso de celular e nunca faça fotos na área de segurança dos aeroportos.
O procedimento padrão nas imigrações é ser recebido em um guichê pelo agente daquele país para conferência de documentação. Ele fará perguntas como “quando tempo você irá ficar?”, “qual o motivo da viagem?” e até “quanto dinheiro você está levando?”. De fato falar inglês facilita nessa hora, mas se você não domina a língua, não se desespere. Os agentes estão acostumados a lidar com pessoas que não dominam o idioma local e isso não será motivo para você ser deportado. Apenas diga que não fala inglês e mantenha todos os documentos disponíveis para verificação (tenha o formulário de imigração em mãos). Se tudo der certo você receberá um carimbo de entrada no país, fará uma foto e no máximo terá as digitais identificadas. Para quem vai passar pelos Estados Unidos vale conferir o nosso post sobre a imigração americana.
Como pego a minha bagagem?
Ao passar pela imigração é hora de pegar a mala. E nem sempre ela está disponível bem pertinho. Leia atentamente as placas e siga até o local de retirada da bagagem (baggage claim). Acredite, ele pode estar localizado em outro terminal. Não subestime as placas e siga cada uma delas. Alguns aeroportos dividem as esteiras por companhia aérea e só então por voos. Mais uma vez: siga as placas e não as pessoas!
Após retirar a bagagem provavelmente será necessário cumprir mais um controle de raio-x e todas as bolsas e malas deverão passar por ele no controle alfandegário. O processo é semelhante ao da Receita Federal no Brasil. A regra não é a mesma para todos os aeroportos do mundo e nunca é demais perguntar nos balcões de informação em caso de dúvida. Tenha cuidado para não entrar no país de destino com produtos que não sejam autorizados. No formulário entregue no avião estarão especificadas todas as regras de controle de alfândega. Após passar por este processo você estará pronto para curtir a viagem!
Embarcando para o Brasil.
Nós sabemos que viajar é muito bom! Mas sempre chega o momento de voltar pra casa. E alguns cuidados devem ser observados no retorno para o Brasil. As regras de embarque no Brasil também valem para o retorno. Chegue ao aeroporto com antecedência, confira os assentos, o programa de milhas, identifique as bagagens e tenha muito cuidado para não ultrapassar o limite de peso. Os controles de segurança também são os mesmos da ida, com a diferença de que no retorno para o Brasil você estará fazendo a emigração e dificilmente será detido. Alguns países entregam na ida formulários e documentos que devem ser devolvidos na volta. Se este for o caso, cuide bem desses papeis para não ter problemas ao deixar o país.
Após passar pelos procedimentos de segurança e controle de migração você irá se deparar com o Free Shop. A tentação das últimas compras é grande, mas lembre-se que todas elas entrarão na cota de USD 500 para compras no exterior. Apenas as compras efetuadas no aeroporto de desembarque no Brasil entrarão na cota extra (veja mais detalhes sobre regras da Receita Federal para compras no exterior). Cuidado para não perder a hora e o voo.
Chegando no Brasil.
O processo de retorno para brasileiros é muito simples. Apesar das grandes filas, tão comuns nos guichês da Polícia Federal, dificilmente você terá problemas para passar pela migração. O procedimento é semelhante ao de saída do Brasil e também poderá ser feito eletronicamente em alguns aeroportos e para quem tem passaporte com chip.
Depois de passar pelo controle de passaportes você poderá gastar mais um pouquinho nas compras do Free Shop. Agora sim com uma cota extra de USD 500 está valendo! Se a tensão no voo de ida é ser aceito na imigração, na volta a preocupação é passar pela Receita Federal. Antes de sair do Brasil leia atentamente as regras da Receita Federal para compras no exterior e evite problemas no retorno. O procedimento de alfândega varia muito. Há voos onde a escolha é aleatória e em outros todos os passageiros são obrigados a passar pelo raio-x. Não conte a sorte, siga as regras e tenha um retorno feliz!
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