Essas orientações também servem para países Budistas, que possuem exigencias de vestimenta similares em seus templos, porém não nas ruas.

  • Países ‘muçulmanos’ mais frequentemente visitados que exigem vestimenta adequada são: Tunísia, Marrocos, Egito, Indonésia, Bangladesh, Paquistão, Turquia.
  • Países ‘Budistas’ mais frequentemente visitados que exigem vestimenta adequada em templos são: Tailândia, Camboja, Laos, Vietnã e outros.

Quando viajamos à um lugar para conhecer, estamos de “visita” em um país que não é o nosso, isso implica em respeitar  se adequar a costumes e leis diferentes.

Viajar para países de cultura cristã não nos exige muitas modificações em nossa vestimenta (Se você já não fizer uso de roupas vulgares, é claro), mas se você está planejando uma viagem para países do oriente médio e alguns da África, com religiões muçulmanas, há cuidados especiais ao separar suas roupas.

Sabendo que o país é de maioria muçulmana e, mesmo tentando se modernizar, existe ainda uma rigidez com relação a forma de se vestir e se comportar.

Cabe ao visitante respeitar e se enquadrar nas leis e costumes locais para evitar ofensas nas ruas. Alguns países possuem leis severas de proteção ao turista, mas como um bom visitante, é de bom tom respeitar os donos da casa.


Como se vestir em Países Muçulmanos e Budistas

:: O que você NÃO deve levar na bagagem:

  • Roupas com decotes, que exponham o colo demais (um decote em V de camisetas convencionais é aceitável);
  • Roupas com pernas de fora, calças ou saias devem ser até o joelho;
  • Camisetas regatas;
  • Roupas justinhas que marcam o corpo;
  • Roupas transparentes;
  • Mini-saia;
  • Barriga de fora;
  • Shorts;
  • Frente única;
  • Tomara que caia;
  • Maquiagens extravagantes;
  • Sapatos abertos. Não é obrigatório, mas tem que diga para evitar o calcanhar ou o peito do pé à vista.
  • Camisa da seleção, a menos que você queira ser parado na rua várias vezes, tirar mil fotos e não ter paz nem para comer.

Seja moderada, por mais que não concorde, respeite, pois será mais fácil. Essas roupas são inaceitáveis até para as mulheres de lá.

:: O que usar:

  • Se forem visitar uma mesquita, use véu ou um lenço na cabeça, mas caso não vá visitar lugares religiosos, não há necessidade.
  • Quando forem visitar mesquitas, optem por calças compridas e não shorts – isso vale para ambos os sexos.
  • Homens: evitem shorts acima do joelho, e mantenha seu tórax coberto.
  • Roupas leves, porém fechadas;
  • Blusa de manga (uma manga normal, o suficiente para não expor os seus ombros);
  • Os cabelos longos, devem estar presos, de preferência com um lenço na cabeça;
  • Maquiagens discretas;
  • Hijab (Pequeno lenço jogado para trás – não obrigatório, mas te protegerá do Sol);
  • Sapatos fechados, mas nada de sapatos apertados. Os pés incham com o calor. Um tênis confortável, com meia, é ideal.

Não é necessário usar burca, mas mantenha-se discreta respeitando os costumes locais. Só por não ser de lá, eles já vão te olhar nas ruas, então tente se igualar ao máximo com os locais.

E o “véu”

Você verá nas ruas:

  • Khimar – É um véu bem longo e que às vezes chega quase até a cintura. Tem outros tipos também, como o chador. Quem usa são as mulheres mais tradicionalistas que seguem a risca a vestimenta correta, usando vestidos largos.
  • Nigab – Cobre todo o corpo e só deixa os olhos da mulher de fora. Geralmente a roupa é toda preta e muitas ainda usam luvas, para não mostrarem as mãos, mas é diferente da burca.

Caso ache necessário, você pode se vestir como elas, compre galabias (túnicas) no mercado e não deixe de usar algo sobre a cabeça, não pelos costumes, mas por proteção, pois o sol aquecerá seus cabelos em segundos; evite uma desidratação.

Mulheres loiras devem cobrir o cabelo sempre que possível, pois para eles é total novidade, chama demais a atenção e em alguns momentos pode ser desconfortável.


Como se comportar em Países Muçulmanos e Budistas

Dependendo do país, como o Egito, mesmo usando roupas fechadas, você ouvirá aquelas cantadas, gracinhas e galanteios ingênuos. Enrole um lenço na cabeça e passe para trás do pescoço caso queira diminuir o assédio. Assim, você passará por muçulmana e é uma forma de respeitar os costumes locais.

Se a mulher estiver acompanhada, provavelmente os árabes não vão mexer com ela. Mas caso façam, leve na brincadeira. A brincadeira provavelmente será parabenizando o seu marido pela “propriedade” (Lê-se: VOCÊ).

Árabes são em geral muito galanteadores – afinal, vêm de uma cultura onde aprenderam a cuidar, proteger e zelar pelo sexo oposto. Então não se surpreendam, meninas. Apenas cuidado, novamente, com as roupas.

Para eles, usar uma roupa sugestiva como shortinho e blusas abertas, e ainda ser muito simpática, sorrir demais ou ser muito legal, pode ser interpretado como incentivo.

Não sorriam para ninguém do sexo masculino. Eles vão entender que você se interessou e irão atrás de você no hotel ou onde vc estiver, não desistirão até te encontrar, para enfim, propor casamento.  É sério!

Eles desconhecem a máxima “sou legal, não estou te dando mole”. Eles não são como brasileiros que um flertam por brincadeira e depois dão tchau, se você der liberdade, eles vão insistir.

Se você sentir que o clima está estranho, ou que um elogio ou uma conversa está passando dos limites, feche a cara, diga não e saia. Isso será entendido em qualquer idioma.

Homens: Nunca, de forma alguma, aborde uma árabe na rua. Nem tão pouco pende em tocá-la, nunca! Nem pensar! É falta de respeito e pode te gerar problemas.

Antes de sair do hotel, vá ao banheiro e faça tudo o que for necessário. Não haverá lugares possíveis para as necessidades fora. É totalmente impraticável. Lave sempre as mãos, principalmente assim que chegar do passeio.

Para os casais: cuidado com as manifestações de carinho em público. Nesses lugares, elas não são frequentes e acabam sendo encaradas com estranheza e falta de respeito.

Quais países são muçulmanos

Considera-se países muçulmanos aqueles em que os muçulmanos representem mais de 50% da população e a maioria deles são membros da Organização do Congresso Islâmico.

São esses atualmente:

  • Arábia Saudita – 95% de muçulmanos sunitas, 5% de muçulmanos xiitas
    • Berço do Islã, abriga as cidades sagradas de Meca e Medina e adota uma interpretação conservadora da lei islâmica. País natal de Osama bin Laden e de quinze dos 19 seqüestradores dos aviões de 11 de setembro de 2001. Em função de sua boa relação com os EUA, a família real sofre a oposição de vários grupos radicais, incluindo a rede Al Qaeda. Sabe-se, porém, que muitas figuras importantes ajudam a financiar os terroristas muçulmanos.
  • Irã – 89% de muçulmanos xiitas, 10% de muçulmanos sunitas
    • O país se tornou uma República Islâmica depois da revolução de 1979. Desde então, os aiatolás são a autoridade política máxima, cujo poder se sobrepõe ao do presidente e do parlamento, eleitos em votação popular. Desde o fim da década de 90, o Irã vive uma luta entre os clérigos conservadores e os reformistas, que defendem a flexibilização do regime islâmico.
  • Iraque – 60% de muçulmanos xiitas, 32% de muçulmanos sunitas
    • No regime de Saddam Hussein (um sunita), o estado era secular, e manifestações religiosas eram proibidas dentro da estrutura do governo. Com a queda do ditador, a maioria xiita pretende ter um papel mais influente no comando do país. A guerra teve um efeito contrário ao esperado pelos EUA: o fanatismo religioso e o terrorismo ligado à religião estão mais fortes que na época de Saddam.
  • Egito – 94% de muçulmanos sunitas
    • O governo e o sistema judicial são seculares, mas as leis familiares são baseadas na religião e a atuação de grupos radicais ainda é grande. O Egito é o local de origem da primeira facção radical do Islã, a Irmandade Muçulmana, e deu origem também ao grupo Jihad Islâmica. Depois da execução do presidente Anuar Sadat pelos radicais, em 1981, o governo prendeu e matou milhares de pessoas na repressão ao extremismo religioso.
  • Territórios palestinos – 90% de muçulmanos
    • A sociedade e a política palestinas têm fortes tradições seculares. A revolta contra Israel, no entanto, deu força a grupos religiosos radicais (Hamas, Jihad Islâmica, Brigadas de Mártires de Al Aqsa) e a influência do islamismo na política tornou-se dominante.
  • Líbano – 41% de muçulmanos xiitas e 27% de muçulmanos sunitas
    • Com uma formação de governo que reflete a distribuição religiosa da população (primeiro-ministro é sempre sunita e o presidente do parlamento, xiita), é a terra do grupo radical Hezbolá. Para os EUA, o Hezbolá é uma organização terrorista; para o Líbano, um movimento legítimo de resistência contra os israelenses e uma organização política legalizada.
  • Jordânia – 92% de muçulmanos sunitas
    • A família real está no poder desde a independência, em 1946 – e sua aceitação se baseia no fato de que os príncipes seriam descendentes diretos do profeta Maomé. A sociedade é conservadora e a interpretação do Islã é rigorosa – costumes de séculos atrás são mantidos graças à religião.

Outros países de maioria muçulmana: Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein, Kuwait, Síria.

Fonte: Veja